quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Metamorfose da vida

Eu “prefiro ser essa metamorfose ambulante” do que ser o mesmo nos inúteis dias da vida. E na metamorfose, transformar os dias para que eles não sejam inúteis, mas únicos, sendo assim diferentes. Com isso, em minha mente, essa transformação mescla com a loucura, mas quem não é louco? A simbiose da loucura com a normalidade é um tempero no qual, a falta, deixa a vida completamente sem graça. E na transformação é necessário experimentar dos diversos sabores para poder saber qual agradará o gosto da sua vida. Viver se torna massante se os dias forem sempre os mesmos. Mas viver é muito bom, porém tem que inovar. Tem que colorir os dias para que no decorrer da peça da vida o fundo não seja sempre cinza. É necessário a cor. A vida é um prato que se deve comer quente, colorido e ainda vivo, porque devemos perceber o movimento. Perceber que nada é estável, tudo está em constante mudança.

domingo, 26 de agosto de 2012

Te beijando

Seu beijo é o meu melhor remédio com ele não só a dor como a solidão são dissolvidos pela emoção de te beijar. E te beijando eu vou entrando numa paz vou sendo curado de todas as enfermidades vou sendo sarado de todas as falsidades que em mim mesmo existe. Te beijando eu vou te tendo vou te consumindo e fazendo meu. Te beijando eu sou feliz Porque é a única certeza de que estás comigo. Tiago Amaral

Deixei de ser eu

Deixei de ser fogo, Para te mostrar que a água tem fazes. Deixei de ser corpo, Para ser sentimento e te amar. Deixei de ser cabeça, Para mostrar que o coração também pensa. Deixei de ser eu, Para que juntos possamos ser mais. Tiago Amaral

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Viver

Tenho saudades do meu tempo de menino, em que a chuva era apenas uma chuva e não um empecilho porque eu tinha que sair para trabalhar. Tenho saudades da minha tenra infância em que o tempo passava e eu passava com ele e não como agora que eu não tenho tempo sequer para ver o tempo passar. Pena que esses tempos não voltam mais. Estão presos no passado e soltos na lembrança somente. Talvez eu tenha que parar com essa vida saudosista e me ater no agora, mas recordar é viver. Talvez eu viva de novo apenas com a lembrança, ou talvez ela me inspire a viver mais e melhor mas só que de outro jeito. Mas viver é o que eu quero e não importa como. Acho que reviver a lembrança é um meio mais fácil do que viver uma coisa nova, porque você já viveu e sabe que foi bom, diferente de ter que viver uma nova história e não saber se o final será feliz. Enfim. Viver é o que importa e não importa o jeito de viver, desde que viva e viva bem. Tiago Amaral

domingo, 8 de julho de 2012

E mais uma vez...

E mais uma vez você descobre que o amor não é sofrimento. Amar é ir além do corpo no intuito de encontrar a alma. Amor é ser você mesmo, mas só que cada dia melhor. E descobre que existe sofrimento e dor sim, mas só que eles são objetos no caminho para chegar no amor, mas não são o amor. Porque amor é muito mais do que qualquer ferimento. Amor é a cura. É remédio. É cuidado. Amor é querer bem, não importando quem. Tiago Amaral

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Perguntam-me

Perguntam-me se sou louco. Louco por querer levar uma vida mais verdadeira? Por procurar uma felicidade onde todos vêem desânimo? Por querer viver uma vida diferente em um mundo onde tudo é superficial e “comprável”? Por quere estudar as coisas que são invisíveis aos olhos mundanos e fazer do misticismo uma das filosofias de vida? Louco? Eu? Só porque eu quero ser feliz sem depender e sem ser um parasita na vida dos outros? Para muitos o conceito de loucura deve ser totalmente reformulado. Permitem tudo, menos a possibilidade de eu ser feliz. Com isso, a loucura acaba sendo uma boa saída, nela eu crio o meu mundo com a forma de vida que eu quiser e não prejudico ninguém com isso. Lá eu me permito ser feliz e sem perguntas.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Na cama com as minhas reminiscências

Mal acordo porque não dormi. Não levanto porque a gravidade é mais forte do que a minha vontade. Com a cabeça no travesseiro, observando o teto vinha algo me embebedar nas minhas mais tenras lembranças. Era um retorno à minha infância. A primeira coisa que me causa espanto foi à lembrança de uma foto de quando eu era bem pequeno e estava na sala da casa da minha avó, ao lado do meu triciclo e com uma mascara de elefante. Não faço a menor idéia do por que da máscara do elefante, mas eu estava com ela. É tão inusitado que cria-se uma pergunta sem resposta em minha mente. Ao mesmo tempo parece óbvio e complexo. E essa imagem dura por um bom tempo até que me vem à memória outra lembrança, a de um sonho em que eu estava lutando com um dragão. Porém, no sonho já é de se esperar de tudo. Mas desse, em particular, após lutar com o dito dragão, nós caímos num abismo e continuamos lutando. Somos que tipo de seres? Realmente não sei!
Essas e mais outras foram surgindo a ponto de chegar a um momento que todas se cruzaram, surgindo um novo sonho resultante da simbiose das demais. Foi puramente loucura, loucura, loucura. Não é de se esperar, no entanto para mim, a aparição desses sonhos. Meus pensamentos nunca foram tão normais – se é que existe um normal para classificar isso. Eles sempre foram tão lúdicos. Meu inconsciente é quase um circo de tanta fantasia que existe. E isso, sem dúvida, vai refletindo em minha vida. Ou seja, uma eterna fantasia.

quarta-feira, 21 de março de 2012

E os tempos mudam

Depois de tantos anos de colégio, tantos fatos da vida, tantos encontros e despedidas. Lembrei-me da Carminha, tão pequena, tão esquisitinha. Vivia sofrendo bulling pela escola. Toda atrapalhada, medrosa. Era tão feia que dava dó. Seu cabelo lembrava-me as histórias de bruxa que eu adorava ler. Seu cabelo tirava boa parte da sua beleza, mas pensando bem ela nem beleza tinha. Se a colocasse de cabeça para baixo, seria como uma vassoura.
Sempre conversávamos. Eu desde criança, decidido em fazer medicina e ela sem a menor idéia de seu futuro. Fazíamos alguns trabalhos juntos, ela me explicava alguns exercícios e nos encontrávamos pelo pátio da escola. Sempre sendo motivo de chacotas pela sua beleza incomum, seu jeito nada normal. Até que tínhamos uma amizade legal. Sentia vergonha dela às vezes. Todos os meus amigos bem arrumados, bem vestidos e ela lá com aquele visual nostálgico da idade média. Às vezes ela pedia para ser zoada.
Mas como que os tempos mudam. Terminamos o colegial e cada um seguiu a sua vida. Não tivemos mais contatos. Comecei a fazer medicina e criei um novo circulo de amigos. Depois de um tempo ouvi falar que ela passou em para uma universidade, mas nem sei para qual curso. Até que em uma festa dessas de universidades em que rola de tudo, eu já estava bem acostumado de ir, uma surpresa tirou o meu fôlego tive quase um infarto fulminante. Na minha frente surge uma deusa de pele clara, cheia de saúde, cabeços lindos ao esvoaçar do vento, olhando fixamente para mim com um sorriso de cegar os olhos. Eu naquele momento não entendia porque uma rainha olhava para mim com tamanha alegria, eu que era um simples plebeu. Até que um amigo de escola que estava ao lado dela perguntou se eu lembrava da Carminha. Naquele momento parecia que nada na minha vida tinha sentido. Como que a Carminha que eu sentia tamanho dó pela sua feiúra poderia ter se transformado naquela espetacular mulher? Achei até que foi resultado de sucessivas reencarnações, mas ninguém morreu.
Como alguém que se levanta depois de levar um tombo muito feio, olhei fixamente nos seus olhos e falei com ela. Logo ela veio dizer - Quanto tempo! Que saudade! - com uma voz que parecia arrancar o meu coração. Ela tinha agora uma voz serena, linda. Aquilo foi direto no meu peito, me apaixonei.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O melhor da vida

Fiz pra você um poema
Para que nunca possa esquecer
Que o melhor da vida
não é o que vem e vai
O melhor é totalmente incapaz
de um dia esquecer
O melhor da vida é sempre
amar quem ama
e viver bem
com quem nos faz
bem

quarta-feira, 14 de março de 2012

Nas tuas mãos

     Escrever-te-ei uma carta, não para contar-te de mim, mas para contar-te de nós. Sei que muitas coisas se acham ocultas, mas não há nada que possa ser descoberto. O passado já se foi e o nosso presente se encontra pouco explorado. Não sabemos muita coisa de nós mesmos e nem o que queremos. Somos terras que não foram descobertas. Queremos escrever o futuro, sem ao menos ter escrito o presente.
     Queremos nos amar, mas nem sabemos se existimos. Somos, até o momento, uma personalidade fake. Nossas conversas, nossas trocas de olhares e até as nossas brigas, não se passaram de conversar pela internet. Até o momento a realidade de nossa existência tem que ser colocada à prova. Não sabemos quem somos ainda mais o que queremos. Somos o nada em lugar nenhum.
     A mudança irá depender de nós. O destino não cruzará as nossas vidas ao seu bel prazer. Temos que correr atrás dos nossos desejos. Se você quer então vamos porque eu também quero. Vamos olhar nos olhos sem uma tela de computador no meio e dizer o que sentimos e o que queremos com total certeza. Não vamos abrir mão para a dúvida. Se até agora não nos descobrimos, vamos nos descobrir juntos e ser felizes enquanto há tempo.